Mensagens

16/08/2013 09:54

Carta resposta de Dom Redovino ao Papa Francisco

—————

14/08/2013 09:21

Gritar em nome de Jesus

E exclamou em alta voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. (Lc 1, 42)


E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, sai para fora. (Jo 11, 43)

Passo pelas ruas do meu bairro, caminho por estreitas ruas de favelas. Passeio por algumas ruas do centro, no sábado e no domingo, e vejo pessoas orando silenciosas e calmas dentro de seus templos. É bonito! Orar junto é, também, um ato de cidadania.

Passo pelos mesmos lugares e não poucas vezes ouço vozes gritando o nome de Jesus. Alguns fazem com alarido, de maneira a incomodar dez ou vinte prédios vizinhos. Ouço alto-falantes ligados ao máximo e pessoas a gritarem o santo nome de Jesus na cidade que nem sempre o acolhe. Não foram para um campo ou um lugar isolado: estão ali, no meio dos outros, de certa forma obrigando-os a ouvirem os seus cultos. A cidade vai ter que ouvi-los na marra!

Aqueles que oram serenos em nome de Jesus fazem bem; também os que pregam serenos, a invocar o mesmo nome. Já, os que gritam em nome de Jesus, não fazem o bem que pensam fazer. Na realidade, estão mais perto do fanatismo do que do cristianismo, posto que o estão impondo, como foi o caso do moço que, no avião, obrigou todos os vizinhos a ouvir seu testemunho. Enfiou Jesus à força nos nossos ouvidos. Os que gritam Jesus em alta voz pela cidade que descansa ou dorme, agridem o direito alheio. Jesus, que em Marcos 9,38-39 mandou os discípulos respeitarem alguém que não era do seu grupo, certamente pediria a esses pregadores que respeitem os seus vizinhos ou as pessoas que não são da sua Igreja. Ninguém é obrigado a ouvi-los. Se querem anunciar Jesus, comecem anunciando com respeito, diminuindo o som da sua Igreja, para que ele funcione apenas lá dentro.

Os aparelhos de som amplificado trouxeram enormes possibilidades para a comunicação humana, mas causaram também enormes problemas de cidadania e desrespeito aos enfermos, aos vizinhos, aos de outra religião que, às vezes, são obrigados a nos ouvirem. Nem os enfermos eles respeitam! Para isso há leis e há estádios.

Ao nosso direito de pregar e anunciar Jesus corresponde o dever de fazê-lo com o devido respeito aos outros crentes de outros caminhos. Ninguém é obrigado a ouvir a nossa pregação e a engolir a nossa fé. Não temos o direito de empurrar a nossa religião pelos ouvidos alheios. Mas é o que tem acontecido no Brasil e no mundo de hoje, exceto nos países onde este abuso foi corrigido, porque chegou ás raias do absurdo. 

Dirão que Jesus gritou no templo. Isso mesmo: no templo e sem microfones. E quando gritou nas ruas, em geral foi para gente que foi lá ouvi-lo. Sou capaz de apostar que Jesus não sairia hoje, de carro de som no mais alto volume, a obrigar o povo a escutar a sua mensagem. Ele nunca forçou ninguém a ouvi-lo. Os fariseus vinham porque queriam e, em geral, com segundas intenções. 

Há lugares onde é preciso pedir autorização e, mesmo concedida ao pregador, ele deve incomodar o menos possível os que não são da sua igreja. Sou daqueles que afirmam e, disso estou plenamente convencido: - o quanto mais as Igrejas gritarem mais aumentará o número de ateus. Evangelização supõe um mínimo de boa educação. Quem impõe a sua fé nos outros não é missionário. Jesus nunca propôs esse tipo de comportamento anti-ético! Deixava que os ouvintes escolhessem. Confira João 6, 67. 

Há duas maneiras de interpretar a Bíblia. Uma, ao sabor de nossa própria ignorância, pregando o que sentimos e achamos que ela quis dizer e arrotando certezas absolutas. A outra, orientados pelos estudos e pesquisas de gente séria e preparada. 

Pde Zezinho - Scj

—————

11/08/2013 11:32

Prece do Pai

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, porque é difícil e pesado o encargo de sustentar a família e dar-lhe o bem-estar e a tranquilidade;
e é quase heroísmo ser alegre com os familiares quando pesam as preocupações pessoais e os problemas da profissão.

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, para que eu realize o diálogo com minha esposa e os filhos. Que eu seja aberto para ouvir, humilde para propor, sábio para decidir e co-responsável para realizar.

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, para que eu saiba descobrir os valores de minha esposa e os talentos de meus filhos; e os ajude a desenvolvê-los. Saiba corrigir com amor, sem destruir nem humilhar.

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, para que eu defenda a dignidade do meu lar contra a imoralidade atrevida e a permissividade tentadora, vivendo o amor com fidelidade e construindo a união que faz o lar feliz.

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, para que eu possa ser sempre um testemunho de fé em Deus, coragem nas dificuldade, paciência nas provações e esperanças na dor.
E que pelo apostolado familiar, ajude outras famílias a serem mais felizes.

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, para que eu saiba dar valor à experiência sem me prender ao passado, saiba ser moderno e atualizado sem ser superficial e vazio; e conserve bem viva a vontade firme de acertar.

Ajudai-me,
Senhor, na missão de pai, para que eu creia firmemente que a grandeza da paternidade,
assim vivida, não termina nem mesmo com a morte, porque os seus frutos são eternos.

—————

10/08/2013 08:59

Ser pai...



Ser pai não é apenas abençoar.
Ser pai é estender a mão amiga,
corrigir para amar,
e estar pronto para recomeçar.

Ser pai é ser humano!
É estar ao lado da família
sobretudo quando as ondas bravias
levarem o barco para outros lados.
É estar atento aos objetivos de vida dos filhos encorajando-os para lutar!

Ser pai não é apenas saldar contas e dividas!
Ser pai é estar atento ao diálogo,
amor e compreensão
de quem tem como lema o amor,
o perdão e a comunicação.

Ser pai é ter uma vida normal
apostando no time da fé, com muita raça,
para não esmorecer na luta
tendo à frente um Deus,
que também é Pai que nos acolhe,
contempla e ama como filhos.


José Carlos de Oliveira Santos

 

—————

09/08/2013 23:00

Pai


Pai
amigo para a vida inteira!
Embora eu seja ainda jovem,
posso entender coisas
que você não imagina.

E apesar deste meu jeito diferente,
- vejo claro o caminho
que você mostra, mesmo quando pareço
estar olhando para outro lado;
- ouço bem o conselho que você me dá,
mesmo quando minha cabeça voa por aí;
- sinto forte a presença do seu exemplo,
mesmo quando fico ligado nos ídolos
do meu tempo.

E apesar de sermos diferentes aqui e ali,
é bom saber que a gente caminha junto,
- vendo, ouvindo e sentindo como amigos.

Porque, na verdade, Pai, é isso que conta!

Rubens Marchioni

—————

08/08/2013 23:00

Pai - Amigo - Irmão

Meu pai-árvore:
Tronco pleno de seiva nutritiva, modelo de retidão.
Raízes profundas, fincadas no amor e na hombridade;|
galhos frondosos a espraiar agasalho e frescores.

Meu pai-instrutor:
Farol que ilumina a caminhada pelo tortuoso trânsito da vida,
ensinando a estacionar, a reduzir a marcha, a respeitar os sinais,
a brecar sem risco, a seguir em frente, sem atropelos e com fé.

Meu pai-ourives:
Cadinho que faz o metal informe transformando-se em jóias,
embora, algumas vezes, não tão perfeitas com ele as deseja,
mas o buril de Cronos ajuda a aprimorá-las.

Meu pai-escultor:
Goiva que apara as arestas com precisão e brandura,
para a madeira bruta tomar forma e exprimir a própria essência.

Meu pai-amigo:
Ouvidos que escutam com atenção,
boca que profere conselhos, coluna que oferece apoio.

Meu pai-mãe:
Oásis acolhedor a mitigar a sede,
mãos generosas, abertas para a oferta, sempre.


Rosa Maria Aires da Cunha

—————

07/08/2013 10:24

Sem barganhas

 

Confio em ti Senhor. Preciso da tua graça e do teu milagre e por isso, não sabendo orar direito, invoco a intercessão dos teus santos daqui e de lá. Orando comigo ou por mim, certamente me ajudarão a chegar mais perto de ti, como eles chegaram. 


Mas Senhor, ensina-me a não barganhar contigo nem com eles. Ensina-me a pedir, deixando que tu decidas se me concedes não esta graça. Não quero ganhar nada em troca de promessas, porque talvez eu não as cumpra. Não desejo transformar o nosso relacionamento num "toma lá, dá cá". És misericordioso, bom o suficiente para dares ou não dares e eu quero ser generoso e bom o suficiente para aceitar não ganhar. Mas não quero fazer barganhas, não quero promessas tipo "se me deres tal graça eis o que te dou em troca." 

Quero tua graça, mas não imponho condições e também não prometo pagar por elas. Sou pobre demais para achar que graça se paga com dez ou mil preces ou com cestas básicas. Não será pagamento. Será gratidão. Cumprirei minhas eventuais promessas sem achar que foi empréstimo no te banco de dons. 

Tentarei ser melhor do que sou hoje, mas não como barganha. Não creio que desejes barganhas. Nem precisas delas! O que posso prometer e prometo é que tentarei ser pessoa melhor, fazendo o máximo de mim para retribuir ao bem que me fizeste, mas não estabelecerei um preço ao nosso diálogo. Não é certo, não é isso que queres e eu provavelmente acabaria não conseguindo cumprir.

Basta-me que eu te seja grato e se o for, provavelmente saberei fazer o bem em troca do bem que me fizeste. Tu me dirás o bem que deverei fazer, mas promessas em forma de barganha, não! Não farei preces "me dá que te dou"! Confio na tua misericórdia e sei que ensinarás a retribuir os teus favores, porque tua misericórdia é grande até para me ensinar os meus hinos de gratidão.


www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

—————

06/08/2013 08:57

Perdoa-me se eu orar errado

Oro sem saber orar. Falo contigo, a quem eu nunca vi, cuja voz jamais ouvi e cuja presença às vezes não sinto. A Ti, a quem nós que seguimos Jesus chamamos de Pai. Não entendendo o mistério de um só Deus que é três pessoas eu falo da minha vontade de conhecer-te e de aprender a falar contigo. Nem sempre sei o que dizer, e não sei dizer o que sinto. Meus diálogos contigo padecem do meu limite de não saber conversar com alguém que nunca vi.

Assim sendo, perdoa-me, se eu orar errado; se disser coisas que não correspondem aos fatos, ou se me referir a Ti de maneira errada ou inconveniente. Acontece que não sei como és, não conheço o som da tua voz e vivo da fé que recebi dos meus antepassados, fé que a Igreja me oferece. Não sei crer sozinho. Preciso de outros para desenvolver e expressar a minha fé. Mas os outros também não sabem tudo. Então, cremos e oramos como sabemos e dentro dos nossos limites.

É o meu primeiro pedido: que me ensines a falar contigo. Ainda não sei me dirigir a Ti. Mentiria se dissesse que sei.

06/08  - Pe. Zezinho, scj

—————

05/08/2013 18:56

Se eu for para o céu

Se eu for para o céu;- e espero que Deus tenha pena de mim e me dê esta graça- se eu for para o céu, tenho certeza de que terei companhia.
Creio e afirmo que o céu existe e tenho certeza de que,
lá no céu, estão todas as pessoas que souberam amar e ser amadas. Tenho certeza absoluta de que no céu existe gente de todas as religiões e também muitos ateus. Quem sou eu para dizer a Deus quem ele deve levar para o céu?
Não vou ficar pregando e dizendo quem vai ou não vai para o céu. Já poderei me dar por realizado e feliz se eu conseguir entrar, não apenas porque fui católico, mas porque pedi perdão e perdoei e ajudei as pessoas do jeito que eu podia.
Se eu for para o céu, vou conhecer líderes e seguidores das mais diversas religiões que este planeta já conheceu. Provavelmente teremos uma boa conversa sobre o que é seguir uma religião. Eles me falarão das coisas em que acreditavam aqui na
terra e de como Deus foi mudando seu pensamento e seu coração aos poucos. Eu lhes contarei como foi meu processo de me tornar mais católico.
A conversa provavelmente será muito bonita e muito longa. Então eu conhecerei um pouco mais sobre todas as religiões que já passaram por este planeta.

Se eu for para o céu, tenho certeza de que encontrarei lá, ex-drogados, ex-assassinos, ex-prostitutas, ex-ladrões arrependidos e encontrarei também aqueles que foram bons a vida inteira. Teremos oportunidade de falar sem a pressa daqui, sobre a experiência de vida de cada um e sobre como Deus foi, pouco a pouco, convertendo-os, até que os tornou pessoas abertas à sua graça.
Acho que no céu há mais gente que no inferno, mas isto é apenas o meu ponto de vista. Posso estar errado. Como creio na misericórdia de Deus, acho que Ele dá todas as chances, até o ultimo segundo para a pessoa escolher o colo dele. Mas acho que Deus respeita a liberdade humana. Não é possível amar com medo ou á força. Este é um mistério de difícil explicação. Alguém pode rejeitar o seu criador por toda a eternidade? A Bíblia diz que sim. O mistério é a situação não dos que Deus rejeitou, mas dos que o rejeitaram.
Agora, pelo que eu tenho visto aqui neste planetinha há um tipo de gente, que se eu for para o céu, eu provavelmente não vou encontrar lá. Ou vão estar em alguma porta de entrada, negando-se a entrar. Porque aqui na terra se acharam mais santos do que os outros e nunca aceitaram se misturar. Eram só seus livros, seus cantos, suas preces, seus pregadores, seu jeito e seus lugares. Os do outro por melhores que fossem não prestavam. Talvez se convertam antes, mas se forem para lá provavelmente quererão ficar no canto deles, cantando seus cantos e não os dos anjos nem os dos outros, ouvindo seus pregadores particulares porque os dos outros não servirão. Não se misturarão com ex-ateus, ex-prostitutas, ou gente de outras religiões que eles combateram. Não sei como vai ser, mas pelo que vejo aqui na Terra, vão querer um Deus só para eles no céu.
Isto mesmo! Se existe alguém que não vai entrar no céu, são os donos da verdade, os mais eleitos, os fanáticos. E não é porque Deus não os queira no céu. Eles vão querer missa e culto só deles e não vão querer entrar onde há outros que não foram do grupo deles!.
Fanático não se mistura. Ele é o tipo de sujeito que quer a praia especial só para ele e provavelmente vai querer o céu adaptado a ele e aos do seu grupo.
Como Deus teimosamente quer o céu para todo mundo- disso eu tenho certeza- eles não vão querer entrar. O problema deles não é orar, ou cantar. Se problema é orar e cantar como os outros. Não conseguem! Tem que ser do jeito deles!

FANÁTICO NA TERRA, FANÁTICO NO CÉU.


www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

—————

04/08/2013 09:20

Queria o sacerdócio

Queria ser padre, mas era casado. Então rompeu com a Igreja Católica na qual era leigo insatisfeito. Fez curso intensivo de pastor e fundou a própria igreja, da qual agora é sacerdote casado. O povo o chama de apóstolo. Dizia e diz que igreja não é importante. Importante é anunciar Jesus. Sente-se no mesmo nível e, em alguns casos, acima dos padres. Não se arrepende por nada de haver abandonado o catolicismo. Diz que o Espírito Santo o conduziu a verdades maiores. Questionava os padres o tempo todo, mas na igreja que ele fundou ninguém ousa questioná-lo! Ele exige disciplina e obediência aos ditames do Espírito!
Era padre católico, apaixonou-se por uma jovem e para se casar sem deixar de exercer o sacerdócio passou para outra igreja, onde hoje é sacerdote casado. Não se arrepende da decisão e critica a Igreja Católica por sua estrutura rígida e antiquada. Os fieis da outra igreja o admiram, mas acham que ele não precisaria combater a Igreja Católica na qual ganhou toda a sua cultura e formação cristã. Sua revolta é vista como ingratidão.
Tinha tendências homossexuais e foi avisado de que melhor seria se não tentasse o sacerdócio. Teimou tentou, achou uma diocese e ordenou-se. Seis anos depois envolveu-se com um empresário e os dois agora moram juntos. O bispo que o admitira o expulsou por quebra de promessa.

Em qualquer país do mundo o desejo de ser padre algumas vezes leva o fiel a forçar o caminho. Acontece no mundo inteiro. Por isso a Igreja tem critérios de escolha. Mas sempre há quem os enfrente e force o caminho, para em alguns anos deixar tudo; a razão foi a mesma pela qual alguns padres não os recomendavam.
A psicologia é ciência que pode ajudar a discernir melhor. Padres ou pastores precisam de mais do que ardente desejo de subir ao púlpito. Precisam ter as qualidades e a renúncia necessárias para alguém que não deverá nem poderá viver do jeito que quer. Se no casamento a pessoa precisa renunciar para que o matrimônio dê certo, também no sacerdócio, quem não aceita as necessárias renuncias não é apto.


www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

—————